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Sem vacinação, doenças podem voltar e se tornar endêmicas

Médica alerta para a sensação enganosa da população de que as doenças desapareceram e defende que campanhas em escolas, parques e ‘Dia D’ de vacinação aumentariam taxas

Recentemente, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou relatório mostrando que, entre 2019 e 2021, 1,6 milhão de crianças no Brasil não tomaram a primeira dose da vacina contra difteria, tétano e coqueluche (dT/dTpa). Porém, existe uma boa notícia: o Brasil registrou alta na vacinação infantil, com aumento dos índices em 2022, segundo pesquisa do Observa Infância – parceria entre a Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) e a Unifase.

Somado ao negacionismo e a desinformação que assolaram o país nos últimos anos, especialistas acreditam que a causa do problema é multifatorial. “Os motivos vão da percepção enganosa de parte da população, de que não é preciso vacinar porque as doenças desapareceram, a problemas com o sistema informatizado de registro de vacinação. Percebo também uma falha no calendário vacinal após a pandemia; muitas famílias começaram a questionar se realmente vale a pena atualizar o cartão”, afirma a médica pediatra e imunologista do Espaço Zune, Millena Andrade.

“Com a baixa adesão às campanhas de vacinação, o risco não é apenas de que as doenças voltem a aparecer, mas que se tornem epidêmicas.  Além de acometerem milhares de pessoas, o sistema de saúde acaba sendo sobrecarregado, o que também prejudica pacientes diagnosticados com outras doenças. Acredito que estratégias como a vacinação em escolas e parques e campanhas como o ‘Dia D’ de vacinação ajudariam a aumentar a taxa de vacinados”, defende a imunologista.

Vacinas disponíveis no SUS e sazonalidade das doenças

Na época de tempo seco, aumenta a circulação de muitos vírus, por isso é importante estar com a vacina da gripe (influenza/23) atualizada. A médica orienta estar com todo o cartão vacinal em dia, uma vez que todas as vacinas são importantes para a prevenção de doenças graves como tuberculose, pneumonia, otite e meningite.

·      Ao nascimento: BCG E HEPATITE B

·      2 meses: Pentavalente/Dtp (primeira dose), Vip/ Vop (primeira dose), Pneumocócica 10 Valente (primeira dose) e Rotavírus (primeira dose).

·      3 meses: Meningocócica C (primeira dose)

·      4 meses: Pentavalente/Dtp (segunda dose), Vip/ Vop (segunda dose), Pneumocócica 10 Valente (segunda dose) e Rotavírus (segunda dose).

·      5 meses: Meningocócica C (segunda dose)

·      6 meses: Pentavalente/Dtp (terceira dose), Vip/ Vop (terceira dose)

·      9 meses: Febre amarela

·      12 meses: Reforço pneumocócica 10 Valente, Reforço meningocócica C e Tríplice Viral

·      15 meses: DTP/Penta (primeiro reforço), Vop/ Vip (primeiro reforço), Hepatite A (primeiro reforço) e Tetra Viral

·      4 anos: DTP/Penta (segundo reforço), Vop/ Vip (segundo reforço) e Varicela (segunda dose)

·      Influenza e Covid: A partir de 6 meses

“Sempre oriento as famílias sobre a atualização do cartão vacinal e a conscientização sobre a importância da vacina é um assunto bastante discutido durante as minhas consultas. Não existe nenhuma contraindicação ou risco de vacinar as crianças a partir de seis meses de idade. Uma dica que vale para qualquer vacina: quando a criança está doente e apresenta um quadro febril, é preciso aguardar a melhora para que ela possa ser vacinada. Precisamos cuidar de nossas crianças, pois as vacinas salvam vidas”, finaliza a médica.

Rodrigo

Rodrigo Lampugnani é graduado em Ciência da Computação, trilhou seu caminho apaixonado pela tecnologia, o que o levou a se tornar uma figura proeminente no universo online. Ele não apenas se destaca como um especialista em tecnologia, mas também como um líder visionário no campo das notícias digitais. No papel de diretor do maior portal de notícias do estado de Mato Grosso, desbravou fronteiras no ciberespaço. Como fundador e proprietário do portal CenárioMT, ele transformou sua paixão por tecnologia em um império digital, alcançando uma audiência massiva. Com mais de 15 milhões de visualizações mensais, o CenárioMT se estabeleceu como uma fonte confiável e relevante para os cidadãos do estado, oferecendo notícias precisas e oportunas. No papel de líder, Lampugnani gerencia uma equipe dinâmica de mais de 40 editores de notícias. Sua abordagem inovadora e visão estratégica são fundamentais para a operação bem-sucedida do portal. Sob sua orientação, o CenárioMT não apenas relata as notícias, mas também molda a narrativa, proporcionando aos leitores uma compreensão mais profunda dos eventos que moldam seu mundo. Além de seu papel como diretor, continua a ser um entusiasta da tecnologia, sempre buscando maneiras de melhorar a experiência dos usuários e expandir a presença online do CenárioMT. Seu compromisso com a excelência e sua dedicação à disseminação de informações precisas tornam-no uma figura inspiradora tanto para os colegas de profissão quanto para os leitores ávidos em busca de notícias confiáveis e relevantes em Mato Grosso.

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